No dia 13/01/2020, entre 18:45hs e 19:00hs dei entrada na EMERGÊNCIA da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, pois tomo medicação para depressão e tenho síndrome do pânico, mas ninguém perguntou nada, nem olharam minha pasta, como tinha convênio pedi para o motorista do UBER me deixar na entrada do convênio, tudo separado na minha pasta, fora da bolsa para facilitar meu atendimento (documentos, carteirinha do convenio, laudos médicos e receitas), próximo ao terminal Santo Amaro comecei a "entortar", minhas mãos formigaram e fiquei fora do normal, então comecei a gritar, enquanto o motorista fazia manobras para conseguir sair do trânsito, minhas pernas começaram também a formigar e tudo foi tão intenso que não consegui pegar a pasta no banco do carro. Uma cadeira de rodas foi solicitada e ali fui colocada. Ao invés de me levarem para meu convênio que vocês podem ver ai em fotos um ao lado do outro, me jogaram na emergência do SUS da Santa Casa, (onde é atendido ambulâncias, Samu entre outros casos). Ali fiquei e ninguém vinha me atender, até que algumas pessoas que ali estavam começaram a reclamar, o motorista do UBER não saiu de perto de mim o tempo todo, quando pedi ajuda um pouco mais alto veio uma técnica de enfermagem de cabelos enrolados e outra de cabelos curtos cujo as quais não sei o nome pois não usavam crachá. A de cabelos enrolados olhou pra mim fez caras e bocas e voltou, a de cabelos curto veio fazer o teste no meu dedo, isso tudo fora do local de atendimento. A mesma de cabelos curtos voltou com uma prancheta com formulário me perguntando coisas que eu não conseguia responder, tinha dificuldade em falar, até que um rapaz falou:
- Ela está com documentos fáceis, ai ela pegou minha CNH e preencheu e viu que eu tinha convenio, voltou pra dentro, depois de muito esperar e com medo de ficar naquela situação a de cabelo curto pegou a cadeira de rodas e me levou pra maca, e só lá enquanto colocava o aparelho para eletro e ficar medindo minha pressão automaticamente eu fiquei sabendo o nome dela (Bruna) porque perguntei.
EU ESTAVA TRAVADA MAS CONSCIENTE DE TUDO QUE ACONTECIA.
Quando o aparelho media minha pressão soava um sinal então ela de longe anotava minha pressão. Chegando um homem que até então eu achei que fosse o médico perguntou:
- O que ela tem?
Resposta da Bruna:
- Pressão 10 as vezes 16 a resposta do então médico foi:
- Espera.
Eu desesperada, puxando as bochechas porque estavam entortando também, perna esquerda, que tenho uma prótese no quadril formigando muito e eu não sentia, um desespero total e muitas vezes
todos conversando na recepção, pedi por favor um saquinho,pois eu estava enjoando, o saquinho foi me dado de costas (tipo um lixo), foi como me senti ali naquele lugar. Descaso total, não entendi porque chama-se emergência. Eu escutei até que a técnica Bruna estava voltando de férias e se pudesse ficaria mais tempo.
Sabendo que meu filho estava no local o então (médico) que era o enfermeiro chefe do local se apresentou diante de mim com o crachá virado e com um tratamento que eu estranhei, porque me largaram como uma indigente numa maca de emergência e de repente um ótimo tratamento.
E meu filho lá fora vendo pelo vidro, pois o segurança o impediu de entrar, e ninguém saiu pra dar noticias de minha situação a ele. Depois de fazer eu respirar com calma me colocaram numa cadeira de rodas, atrás segurando a cadeira a técnica Bruna na minha frente o enfermeiro Marcos, pois todos assim o chamavam, foi claro comigo:
- Não fique ansiosa se não seu filho vai ficar nervoso, eles sabiam o descaso comigo, pois até o motorista do UBER ligou para meu filho, contando tudo que aconteceu o tempo que eu estava ali.
Tirem aquela placa de emergência, pois de emergência não tem nada. Subi para o convênio o médico e toda equipe muito atenciosa mediram minha pressão, muito alta me colocaram na observação e imediatamente foi me dado um soro com diazepam, fui sentindo o corpo relaxar, após veio um chá com bolachas, assim fui me sentindo melhor, o médico voltou perguntou como eu estava e pediu pra medir minha pressão de novo, estava ok, me deu um comprimido de Rivotril e me liberou.
Perguntei por que não fizeram isso antes, me deixando sofrer daquele jeito? Sei que não tem que trabalhar com a emoção, mas independente de SUS ou convênio somos seres humanos, eles trabalham com na área da saúde, com pessoas, não tá legal, não vai trabalhar, mas não maltratem que chegou doente, precisando de ajuda.
Essa foto eu tirei no local onde fui pedir meu prontuário, mas antes de tirar a foto perguntei se aquela missão, visão e valores se referia aquele local ou da Santa Casa em geral, e sim da Santa Casa em geral. Pelo meu entendimento, e creio que de muitos que vão até lá e não reclamam, precisa mudar esse conceito ou virar a placa, pois não condiz com o meu atendimento.
A equipe de emergência deveria fazer um estágio com a equipe do convênio. O enfermeiro Marcos fazer uma reciclagem para passar as suas funcionárias um melhor atendimento, pois naquele dia não foram colaboradoras. Mas se o próprio fez pouco caso do meu atendimento, o que esperar do atendimento de sua equipe.
Os seguranças também mostraram que precisam de uma reciclagem, fazer eles perceberem que não estão em portas de banco ou portas de lojas ou cadeias. eles estão em um local na área da saúde e o mínimo é escutar e sair do celular.
No aguardo de uma resposta e para que isso não se repita às pessoas que não tem voz.
Att,
Ana Luz
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